sexta-feira, 17 de junho de 2016

MÚSICAS JUNINAS



BRINCADEIRAS JUNINAS




FESTA JUNINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A Festa Junina é uma excelente oportunidade de engajar diversas atividades interdisciplinares e ampliar o universo linguístico, pois se constitui uma temática rica onde podem ser explorados diversos tipos de linguagens, resgate de brincadeiras, culinária típica e outros! 


Pescaria

A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes.

Corrida do saco

Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.

Corrida do Saci-Pererê

Parecida com a corrida do saco, porém os participantes devem correr apenas num pé.

Jogo do rabo do burro

Este jogo é bem divertido. Usamos um burro desenhado em madeira ou papelão. O participante deve, com os olhos vendados, colocar o rabo no burro no local certo. O participante deve ser girado algumas vezes para perder a referência.

Derrubando latas

Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas. 

Correio Elegante

Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira. 

Pau de sebo

Esta brincadeira está quase sempre presente em todas Festas Juninas. Os organizadores da festa colocam um tronco de árvore grande fincado no chão. Passam neste tronco algum tipo de cera ou sebo de boi. No topo do pau de sebo, coloca-se algum brinde de valor ou uma nota de dinheiro. A brincadeira fica interessante, pois a maioria dos participantes não conseguem subir e escorregam.

Quebra-pote

Um pote de cerâmica fina é recheado de doces e balas. Esse pote é amarrado em uma trave de madeira. O participante (geralmente criança), de olhos vendados, e munido de uma madeira comprida tentará acertar e quebrar o pote. Quando isso acontece todos podem correr para pegar as guloseimas. 

Corrida do Ovo na colher

Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como resolver problemas de indisciplina?




Veja atividades práticas para fazer com os seus alunos, que os auxiliam a entender regras e noções de respeito ao próximo


Objetivos:
-Descobrir a importância dos combinados (regras) para que cada um seja respeitado.
- Elaborar, em conjunto, os combinados para o grupo, de modo que todos possam cumpri-los.
- Prestar atenção nas regras de convivência, pensando sobre o respeito que ele tem pelos outros.
Faixa etária: a partir de 3 anos.

Segunda a professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I com pós-graduação em Alfabetização Glauce Rossi, da EMEI Santos Dumont, na Educação Infantil, os maiores problemas de indisciplina ocorrem com alunos que costumam ter reações agressivas e intolerantes, o enfrentamento e o desrespeito aos colegas e à professora, além da dificuldade de adaptação ao ambiente escolar. Mas o que fazer para que as crianças nessa faixa etária aprendam a ter disciplina e a respeitar regras, professores e colegas? Quais os desencadeadores dessas atitudes?
Para Glauce, entre os principais motivos estão os pais, que delegam para a escola toda a responsabilidade da Educação de seus filhos que, na realidade, deveria começar em casa, e a escola, que não consegue acompanhar as mudanças de vida e dos valores socioculturais da nossa sociedade. "Com essas mudanças, nossas crianças também não são as mesmas de décadas atrás. Atualmente, elas estão perdendo a 'primeira infância', em que o brincar é essencial para o seu desenvolvimento, mas a escola insiste em ensinar nos moldes antigos, mesmo na Educação Infantil, dando ênfase apenas à alfabetização, não levando em conta a importância do brincar nessa faixa etária", explica ela.
Dica de leitura!
O Leão e o Macaco
Essa é uma fábula que trata da família, do amor e do respeito ao conhecimento dos mais velhos. Com maestria e diversão, Ieda de Oliveira nos apresenta animais que nutrem e valorizam os belos sentimentos.
Autora: Ieda de Oliveira
Editora: Larousse
Preço: 26,90
Onde encontrar: www.larousse.com.br
Com relação à família, a professora diz que sua atitude é fundamental para a formação da criança, pois é nela que ocorre a maior parte dos aprendizados na vida dela. Por isso, são os pais que representam a primeira e a mais importante escola para a aprendizagem das regras de conduta, dos limites de comportamento, lidar com sentimentos e antecipar as consequências das ações dos seus filhos. Além disso, os pais devem acompanhar diariamente a vida escolar dos filhos, participando de encontros, palestras, reuniões etc.
Mas mesmo os pais tendo papel primordial, o professor e a escola também possuem a função de educador e, nesse caso, Glauce sugere ao professor agir com autoridade, com diálogo e respeito ao aluno, além de deixar claro que o que é errado é o comportamento e não o aluno. Mostrar à criança que ela desrespeitou um dos combinados (regras) do grupo e, por isso, há uma consequência para a quebra dele. Lembrando que a professora deve criar combinados (regras) com a turma de alunos logo no início do ano letivo. "O profissional erra quando exerce uma autoridade sem limites ou com exagero, desrespeita a criança com gritos, impõe suas regras e não leva em conta os combinados do grupo; isso não resolve a situação, pelo contrário, tende a criar novos problemas de indisciplina", diz ela.
Dica de leitura!
Mais Respeito, Eu Sou Criança!
Mais Respeito, Eu Sou Criança! é a reunião de poeminhas que eu gostaria de ter escrito quando tinha 8 anos, por aí. Isso porque esses versos são uma espécie de desforra de tudo o que eu queria palpitar na infância e que os adultos não me deixavam falar ou não quiseram ouvir. Explico: todo mundo diz que as crianças devem respeitar os adultos. E os adultos? Não têm de respeitar as crianças? Esse é um assunto sério mesmo... E, toda vez que um assunto é sério mesmo, o jeito é pensar nele por meio da poesia. Assim, a gente consegue dizer melhor o que sente, o que sonha e o que nos incomoda. A poesia é uma maneira gostosa de tirar o retrato dos nossos sentimentos. Por isso, com essa estranha câmera fotográfica nas mãos, escrevi esse livro para você, lembrando-me do tempo em que eu só ouvia: "Cala a boca, menino!", "Pare quieto, menino!", "Vá pro seu quarto, menino, que isso não é conversa pra criança!" E coisas do tipo... Ah, que desforra gostosa!
Autor: Pedro Bandeira
Editora: Moderna
Preço: R$ 35,50
Onde encontrar: www.moderna.com.br
Para finalizar, a professora aconselha: "O papel da Educação Infantil é ir além da alfabetização, sempre pensando na criança como um indivíduo que necessita aprender coisas tão importantes como as matérias básicas. Respeitar as pessoas, o meio ambiente, exercer a cidadania, aprender sobre valores, higiene, responsabilidades e tudo o que for possível para a criança se tornar um adulto responsável".
Dica de leitura!
Segundo o artigo da revista de Educação da Universidade Estadual de Londrina, das professoras Josiane Peres Ferreria, Claudia Cristina Palácio e Márcia Maria Geron Favarim, dar limites às crianças na Educação Infantil é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro, ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites, e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. Começando, então, a combater a indisciplina. O professor nas aulas da Educação Infantil constrói conhecimentos, firma habilidades, estrutura significações, desperta potencialidades, assim também estabelecendo limites.

domingo, 28 de setembro de 2014

Entrevista: Guilherme Canela Godoi

Desafio aos professores: aliar tecnologia e educação

Nathalia Goulart
Guilherme Canela Godoi
Guilherme Canela Godoi (Arquivo Pessoal/VEJA)
Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. A avaliação é de Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço da ONU dedicado à ciência e à educação. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afeta docentes e estudantes. Na entrevista a seguir, Godoi comenta os desafios que professores, pais e nações terão pela frente para tirar proveito da combinação tecnologia e educação.
Qual a extensão do uso das novas tecnologias nas escolas brasileiras?Infelizmente, não existem dados confiáveis que permitam afirmar se as tecnologias são muito ou pouco utilizadas nas escolas brasileiras. Censos educacionais realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua disposição uma série de tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas não significa necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional.
Quais devem ser as políticas públicas para incentivar as tecnologias em sala de aula?Elas precisam ter um componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. Não basta usar os recursos tecnológicos para projetar em uma tela a equação "2 + 2 = 4". Você pode escrever isso no quadro negro, com giz. A questão é como ensinar a matemática de uma maneira que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não permitem. Por fim, é preciso preocupar-se com a avaliação dos resultados para saber se essas políticas de fato fazem a diferença.
As novas tecnologias já fazem parte da formação dos professores?Ainda é preciso avançar muito. Os dados disponíveis mostram que, infelizmente, ainda é muito incipiente a formação de professores com a perspectiva de criação de competências no uso das tecnologias na escola. Com relação à formação continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais que já estão em serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais concretos. Há uma série de programas disponíveis que oferecem recursos a eles.
Para os alunos, qual o impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?
As avaliações mais sólidas a esse respeito estão acontecendo no âmbito da União Europeia. Elas mostram que a introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm feito a diferença em alguma áreas, aumentando, por exemplo, o potencial comunicativo dos alunos.
As relações dentro da sala de aula mudam com a chegada da tecnologia?O que tem acontecido - e acho que isso é positivo, se bem aproveitado - é que a relação de poder professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.
É comum imaginar que em países com um alto nível educacional a integração das novas tecnologias aconteça mais rapidamente. Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde muitas vezes o professor tem uma formação deficitária, a incorporação seja mais lenta. Esse pensamento é correto?
Grandes questões sobre o assunto não se colocam apenas para países em desenvolvimento. É o caso, por exemplo, de discussões sobre como melhor usar a tecnologia e como treinar professores. O mundo todo discute esses temas, porque essas novas ferramentas convergentes são um fenômeno recente. Porém, também é correto pensar que nações onde as pessoas são mais conectadas e têm mais acesso a dispositivos devem adotar a tecnologia em sala de aula de modo mais amplo e produtivo. Outro fenômeno detectado no mundo todo é o chamado "gap geracional", ou seja, os professores não nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
O senhor vê algum tipo de resistência nas escolas brasileiras à incorporação da tecnologia?
Não acredito que haja uma resistência no sentido de o professor acreditar que a tecnologia é maléfica, mas, sim, no sentido de que ele não sabe como utilizar as novidades. Não se trata de saber ou não usar um computador. Isso é o menor dos problemas. A questão em jogo é como usar equipamentos e recursos tecnológicos em benefício da educação, para fins pedagógicos. Esse é o pulo do gato.


Quais os passos para superar a formação deficitária dos professores?A Unesco sintetizou em livros seu material de apoio, chamado Padrões de Competências em Tecnologia da Informação e da Comunicação para Professores. Ali, dividimos o aprendizado em três grandes pilares. O primeiro é a alfabetização tecnológica, ou seja, ensinamos a usar as máquinas. O segundo é o aprofundamento do conhecimento. O terceiro pilar é chamado de criação do conhecimento. Ele se refere a uma situação em que as tecnologias estão tão incorporadas por professores e alunos que eles passam a produzir conhecimento a partir delas. É o caso das redes sociais. É importante lembrar que esse processo não é trivial, ele precisa estar inserido na lógica da formação do professor. Não se deve achar que a simples distribuição de equipamentos resolve o problema.
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/desafio-aos-professores-aliar-tecnologia-educacao

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tecnologia no Ensino Infantil



Crianças pequenas também usam computador, telefone, ipad e outras ferramentas. Como isso afeta a aprendizagem?

28/11/2012 14:22
Texto Adriana Carvalho
Educar
Foto: Nana Sievers
Foto: De nada vales alas equipadas com tecnologia se houver relação com o conteúdo estudado.
De nada vale salas equipadas com tecnologia se houver relação com o conteúdo estudado.
As crianças das novas gerações já nasceram "plugadas" no universo digital. Desde pequenas sabem usar o computador, acessar a internet, manusear uma câmera digital ou um telefone celular. Além de serem instrumentos de comunicação e entretenimento, essas ferramentas tecnológicas também são importantes aliadas do ensino, desde a educação infantil.
TecnologiaTudo sobre Tecnologia 
Como aproveitar a tecnologia na Educação? Dicas e orientações para tirar o melhor da internet - com segurança
"Se o papel da escola é preparar para a vida e a tecnologia faz parte da vida, a escola precisa preparar os alunos para lidar com ela desde cedo", afirma Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional no Colégio Dante Alighieri, de São Paulo. Mas, para ser eficiente no ensino, a tecnologia precisa ser usada com objetivos pedagógicos bem definidos. De nada vale a escola ter salas equipadas com telão para a projeção de vídeos se os filmes exibidos não tiverem relação com o conteúdo estudado. Da mesma forma, em casa, o computador pode ser usado para aprender, mas também pode ser um perigo caso a criança seja deixada sozinha navegando pela internet, sem supervisão. Veja abaixo as dicas dos especialistas e saiba como usar a tecnologia em favor do aprendizado do seu filho.
1-Por quanto tempo crianças em fase da Educação Infantil podem utilizar o computador?
Nessa faixa etária as crianças não conseguem reter por muito tempo a atenção nem no computador e nem em atividades de outra natureza, conforme explica Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional no Colégio Dante Alighieri, de São Paulo. Uma sugestão para que as crianças não se cansem das atividades, seja no computador ou fora dele, é dividir as turmas em grupos e realizar rodízios de atividades. Se a classe está estudando sobre cores, por exemplo, um grupo pode ir para o computador para colorir enquanto outro grupo vai fazer pintura com tintas no chão e outro grupo vai desenhar no papel. "Depois de algum tempo, é realizado rodízio, para que todos tenham a oportunidade de ir ao computador, pintar no chão e desenhar", explica Valdenice.
2-Quais cuidados devo ter quando meu filho pequeno usa o computador?
Mesmo que a criança ainda seja pequena e não saiba ler ou escrever, vale desde cedo dar a ela orientações de como usar o computador e a internet com segurança. "Os mesmos valores que passamos a nossas crianças no mundo real devem valer para o mundo virtual", explica Valdenice Minatel, coordenadora de tecnologia educacional no Colégio Dante Alighieri, de São Paulo. "Assim como a criança não deve falar com estranhos na rua, não deve falar com estranhos no mundo virtual. Da mesma forma que não dá informações da família a estranhos no mundo real, não deve dar no mundo virtual", diz Valdenice. As atividades das crianças no computador devem ser sempre monitoradas, em qualquer faixa etária.